A Vila que deu origem à Santana da Boa Vista foi fundada por Jacinto Inácio, em 1822, como forma de pagamento de uma graça alcançada junto a Santa Ana.
Jacinto Inácio da Silva (1772/1841), filho de Leonardo Fagundes e Inácia de Jesus (ambos naturais de Ilha Terceira, Açores), segundo registros civis, morador da Costa do Camaquã/Campina ( então Caçapava do Sul) por volta de 1792. Homem de posses, dono de sesmaria na região e pessoa de projeção em seu meio, sofreu durante uma caçada, um ataque de uma onça pintada, conhecida no município como Tigra, ferindo-se gravemente, no ano de 1821. Religioso, invocou o nome de Nossa Senhora de Santa Ana, apelando por salvação. Como, por fim, conseguiu abater a fera com uma faca, mandou que fosse erguida uma capelinha de sape, em agradecimento à Santa e doou parte de suas terras para a construção de um vilarejo.
O município foi emancipado politicamente de Caçapava do Sul, em 17 de setembro de 1965 e em 6 de maio de 1966 foi instalado.
Está incluído na metade sul do Estado, localizando-se em uma região montanhosa, pertencente à Serra das Encantadas. Os morros da região são formados por um comglomerado de arenito e seixos, com altura média de 35 a 60 metros. Uma das características predominantes nestes morros, são os platôs, que de uma forma decrescente, acabam em vales profundos, de mata fechada.
Possui grande potencial hidrográfico, fazendo parte da Bacia do Rio Camaquã. A cidade conta com três balneários, Passo da Capela, Passo das Carretas e Areião, como atrativos naturais. O local onde se deu a luta de Jacinto Inácio com a Tigra abriga, desde 1996, um parque municipal chamado Parque Toca da Tigra, situado a 5 km da sede.
Suas principais atividades econômicas, atualmente, são a agricultura e a pecuária.